O Matutando estava ao vivo do Mercado Municipal de Afogados da Ingazeira, no último sábado (16/01). Ao som da Banda de Pífano do Santo Antonio, participaram do programa Evanildo Mariano, membro da comissão de exibição do Cine Teatro São José, Tiago Senhor, nutricionista, além de entrevistas com visitantes e donos de barracas.
De tudo um pouco pode ser encontrado no “Shopping Center” Sertanejo. Na Praça de Alimentação, não vai ter MC Donald, Habibs, pizzas ou chope vinho. Lá, vai ter a buchada, sapatel, macaxeira, bode e a boa cachaça para lamber os “beiços”. Diferente dos “fest foods” que são feitos por máquinas, essas comidas, que dão mais “sustância”, saem das mãos de mulheres guerreira que acordam às 03 horas da madrugada para montar a banca.
No “Shopping Center” Sertanejo, não há madames cheias de sacolas desfilando para lá e para cá. Já dizia o poeta Dedé Monteiro no poema intitulado Fim de Feira: “O lixo atapeta o chão,/ Um caminhão se balança,/ Quem vem de fora se lança/ Em cima de um caminhão,/ Um ébrio esmurra o balcão/ Do botequim da esquina,/ Um gari faz a faxina,/ Um cego ensaca a sanfona,/ Um vendedor dobra a lona/ Depois que a feira termina.”
No “Shopping Center” Sertanejo não se encontra “botiques ”, jóias finas nem tampouco roupas de grife. Mas, você acha o que procura, na medida certa, é uma ratoeira, candeeiro, raízes para fazer remédio, tempero para dá gosto a comida, calçados de couro que dura a vida toda e a boa farinha para comer com feijão.
O jornalista Samarone Lima, certa vez, entrou no Mercado Público e sentou-se num “banco”: Ao meu lado, duas moças comem um prato completo, com arroz, macarrão e carne. Um menino quer engraxar minha sandália de couro, mas nunca gostei de gente agachada diante de mim, para nada. Bebo o café bem doce e olho tudo. Sacas de feijão, farinha, fava. Ovo de galinha caipira. Passa um homem com seis galinhas penduradas nos braços, que não reclamam. Amigo, se você tiver galinha caipira e ela estiver dando trabalho, pendure-a um pouco no seu braço, é um santo remédio. Perto de mim, três homens com o tradicional chapéu de feltro, duros e quietos, fumam um cigarro de palha. Ah, que bom fumar sem essa paranóia urbana do cigarro, que delícia desfrutar de seu vício sem multas. Eu, que não sou fumante, adoro esta calma de quem bafora cigarros de palha em um banco de feira.
No “Shopping Center” Sertanejo é a maior animação. É o homem falando alto, mulher procurando o menino, outra “tanjendo” o cachorro para fora do mercado. Sem falar que pode “dá de cara” com um forró pé de serra ou uma banda de pífano. Ah, não precisa ficar horas e horas procurando um “cantinho” para sentar como no Shopping Center da grande cidade. Lá, dá pra todo mundo, os “bancos” são grandes. E só abre dia de feira para a alegria ser maior e caber mais gente. Essa é a festa do “Shopping Center” Sertanejo.
De tudo um pouco pode ser encontrado no “Shopping Center” Sertanejo. Na Praça de Alimentação, não vai ter MC Donald, Habibs, pizzas ou chope vinho. Lá, vai ter a buchada, sapatel, macaxeira, bode e a boa cachaça para lamber os “beiços”. Diferente dos “fest foods” que são feitos por máquinas, essas comidas, que dão mais “sustância”, saem das mãos de mulheres guerreira que acordam às 03 horas da madrugada para montar a banca.
No “Shopping Center” Sertanejo, não há madames cheias de sacolas desfilando para lá e para cá. Já dizia o poeta Dedé Monteiro no poema intitulado Fim de Feira: “O lixo atapeta o chão,/ Um caminhão se balança,/ Quem vem de fora se lança/ Em cima de um caminhão,/ Um ébrio esmurra o balcão/ Do botequim da esquina,/ Um gari faz a faxina,/ Um cego ensaca a sanfona,/ Um vendedor dobra a lona/ Depois que a feira termina.”
No “Shopping Center” Sertanejo não se encontra “botiques ”, jóias finas nem tampouco roupas de grife. Mas, você acha o que procura, na medida certa, é uma ratoeira, candeeiro, raízes para fazer remédio, tempero para dá gosto a comida, calçados de couro que dura a vida toda e a boa farinha para comer com feijão.
O jornalista Samarone Lima, certa vez, entrou no Mercado Público e sentou-se num “banco”: Ao meu lado, duas moças comem um prato completo, com arroz, macarrão e carne. Um menino quer engraxar minha sandália de couro, mas nunca gostei de gente agachada diante de mim, para nada. Bebo o café bem doce e olho tudo. Sacas de feijão, farinha, fava. Ovo de galinha caipira. Passa um homem com seis galinhas penduradas nos braços, que não reclamam. Amigo, se você tiver galinha caipira e ela estiver dando trabalho, pendure-a um pouco no seu braço, é um santo remédio. Perto de mim, três homens com o tradicional chapéu de feltro, duros e quietos, fumam um cigarro de palha. Ah, que bom fumar sem essa paranóia urbana do cigarro, que delícia desfrutar de seu vício sem multas. Eu, que não sou fumante, adoro esta calma de quem bafora cigarros de palha em um banco de feira.
No “Shopping Center” Sertanejo é a maior animação. É o homem falando alto, mulher procurando o menino, outra “tanjendo” o cachorro para fora do mercado. Sem falar que pode “dá de cara” com um forró pé de serra ou uma banda de pífano. Ah, não precisa ficar horas e horas procurando um “cantinho” para sentar como no Shopping Center da grande cidade. Lá, dá pra todo mundo, os “bancos” são grandes. E só abre dia de feira para a alegria ser maior e caber mais gente. Essa é a festa do “Shopping Center” Sertanejo.
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