
O frevo dita o ritmo oficial da programação. Para alegrar foliões e visitantes, vão marcar presença a Orquestra Show de Frevo, Ópera Show, Banda 40° Graus, Turma do Pinguim, Banda Vizzu e os blocos carnavalescos de rua.
A irreverência está certa na folia com o Desfile das Virgens. Mas, a apoteose e a majestade do Carnaval afogadense são seus ícones e figuras carnavalescas. A bicharada corre solta nesse período, têm Tabaqueiro, Boi, Burrinha, Cabeção e Urso.
O Tabaqueiro tem origem quase que simultânea às tradições do Carnaval de rua do município. Homens, mulheres e crianças vestem-se por completo, ocultando inclusive as mãos, e usam máscaras cobrindo toda a cabeça, de modo que não possam ser reconhecidos. Relhos e chocalhos são acessórios obrigatórios aos mais tradicionais. Sozinhos, em pequenos ou grandes grupos percorrem ruas e pontos de concentração, divertindo uns, assombrando outros e eternizando uma das tradições mais populares do Carnaval afogadense.
Já o Boi do Carnaval foi Inspirado no folclore do Bumba Meu Boi. No município, sempre foi tratado como o Boi do Carnaval. Geralmente composto por armação em madeira e cobertura com espumas e tecidos coloridos. O Boi é levado em movimentos de danças aos ombros de alguém que quase não é visto. Espelhos e fitas são adereços sempre presentes. Em sua companhia normalmente segue um grupo ao toque de instrumentos como sanfona, realejo, pandeiro, triângulo e zabumba.
A Burrinha é personagem principal do Cavalo Marinho. Apresenta-se como companhia ao Boi do Carnaval. Conduzida por uma figura que traduz imponência, pousa como condutor do Boi. Por não exigir maiores esforços e ser de mais fácil aquisição, transformou-se num dos tipos mais populares, podendo ser visto em momentos e espaços diversos, mesmo sem a companhia do Boi.
Tem também o Cabeção – O nome é fiel ao personagem. Uma estrutura desproporcional ao corpo de qualquer ser humano representa uma cabeça com olhos, nariz, orelhas e bocas enormemente desenhadas. Entre todos é o que mais provoca medo, inclusive entre adultos. Por um longo período manteve a tradição de desfilar nos sábados de Carnaval. Daí a denominação comum de Cabeção de Zé Pereira.
Não pode faltar o Urso, versão sertaneja da La Ursa. No início com roupas e características assemelhadas a um urso de verdade, chegava a ser conduzido com uma corrente ou corda envolta ao pescoço. Com o passar do tempo assumiu ares mais leves, ganhou colorido, leveza e passou a ser um mero fanfarrão.
Afogados da Ingazeira não é alegria só no Carnaval. É uma terra de gente feliz e receptiva. Uma cidade com paisagem e monumentos de encher os olhos. A primeira parada é na Catedral Senhor Bom Jesus dos Remédios na Praça Monsenhor Alfredo de Arruda Câmara. O Cine Teatro São José com sua edificação de 1942. A Barragem de Brotas, um dos cartões postais. No Mercado Público, vai encontrar a típica comida regional. A Feira Livre tem de tudo um pouco. A comunidade quilombola do Leitão da Carapuça com dezenas de desenhos rupestres e esculturas rochosas naturais. Lá, o visitante conta com a apresentação do Grupo de Coco Negros e Negras e da Banda de Pífanos locais. Ainda o turista pode passear pelos museus da cidade.
Nesse período a cidade efervesce de foliões e visitantes. Momento também que a economia dá uma aquecida com a sua boa rede de hotéis e restaurantes. Não tem folião que se renda ao encanto e beleza de Afogados da Ingazeira. O que está esperando? De carro pela BR 232, depois PE 292, em pouco mais de quatro horas chega nessa cidade encantadora do sertão pernambucano.
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