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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Dominguinhos: mestre da sanfona completa 70 anos de vida


Na foto, Genival Lacerda, Dominguinhos, Guadalupe e Luiz Gonzaga



Neste sábado (12/02), o legítimo herdeiro musical de Luiz Gonzaga, José Domingos de Moraes - o Dominguinhos, completa 70 anos de vida, mais de 55 deles dedicados à sanfona e a toda a profunda musicalidade nordestina, a partir do legado do Rei do Baião. Nascido em Garanhuns, interior de Pernambuco, filho do mestre Chicão, um famoso afinador e tocador de foles de oito baixos.

Dominguinhos toca sanfona desde os seis anos. Sua grande referência musical é Luiz Gonzaga. Aos oito anos, tem seu primeiro encontro com o Velho Lula em Pernambuco; mais tarde, aos 13 anos, já morando no Rio de Janeiro, ganha do ídolo uma sanfona e um novo batismo: o nome artístico Dominguinhos - até então apresentava-se com o apelido de infância Neném.

Aos 16 anos, o sanfoneiro faz sua primeira gravação, tocou a canção “Moça de feira” num álbum de Luiz Gonzaga. Em 1964, estreia com o disco “Fim de festa”, pela gravadora Cantagalo, que pertence a Pedro Sertanejo, pioneiro do forró em São Paulo e pai de Oswaldinho do Acordeon. Dois anos mais tarde, Dominguinhos entra em turnê pelo Nordeste com o padrinho Gonzagão. A cantora Anastácia integra a equipe do show. Mais tarde, Dominguinhos divide o altar e a autoria de sucessos como “Tenho sede” e “Contrato de separação”.

Em 1972, é convidado pelo empresário Guilherme Araújo para excursionar com Gal Costa e Gilberto Gil. O tropicalista é quem grava “Eu só quero um xodó”, composição de Dominguinhos e Anastácia. Em parceria com Gil, o sanfoneiro compõe os clássicos “Lamento sertanejo” e “Abri a porta”.

Interpretado por Elba Ramalho, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Chico Buarque e Djavan, Dominguinhos também é reverenciado por suas obras e discos instrumentais. Nesse universo, seu álbum mais recente é o que divide com o violonista Yamandú Costa.

(Fonte: Portal Luís Nassif)