O mestre puxa os cantos já conhecidos ou de improviso, cujos refrões são acompanhados pelos participantes, tanto com a voz quanto com o gingado. O sapateado - marcado pelos pés calçados ou em tamancos, o ganzá e o pandeiro enriquecem as canções. Este é o “ritual” de uma apresentação do Grupo de Coco Negro e Negras do Sítio Leitão da Carapuça, comunidade remanescentes de quilombos do município sertanejo de Afogados da Ingazeira, a 386 km do Recife.
Para o líder comunitário do Leitão da Carapuça, Sebastião José da Silva, o coco de roda - como é conhecido popularmente, surge nas celebrações das festas do São João e São Pedro. Era motivo de festa quando algum membro da comunidade terminava a construção da casa, onde também “pisavam o chão” para nivelar o terreno. “Nessas ocasiões, tocava-se muita música e dançava-se o samba de coco, com um sapateado característico, com palmas e fortes influências dos ritmos indígenas e batuques africanos”, relembra Sebastião.
De acordo com o historiador, Adelmo Santos, há mais de 50 anos o Grupo de Coco Negros e Negras do Sítio Leitão mantém vivo essa tradição, que passa de geração em geração. Hoje, cerca de 20 pessoas participam do Grupo; são elas crianças, jovens e adultos da comunidade.
Por Daniel Ferreira
4 comentários:
É necessário manter a cultura deste povo viva!...
(...) sem contar que o leitão da Carapuça tem um dos mais ricos sítios arqueologicos de Pernambuco. Precisamos de uma iniciativa no campo do turismo.
É muito importante que haja essas divulgações sim, pois a região do Pajeú apresenta muitas riquezas naturais e, principalmente, culturais.
O blog está de parabéns!! Adorei!! A nossa cultura é uma das maiores riquezas que possuimos. Divulgá-la, com certeza só vai nos engrandecer ainda mais.
Um grande abraço.
Oláaaaaaaaaaaaaaa.........tá tudo muito bonito.....parabéns...pelo blog, pelo programa por tudo...parabéns pra vcs pela iniciativa de fazer história em Afogados da Ingazeira, assim cimi o famoso coco de roda do Leitão já fez e está fazendo usa própria história!
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